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sábado, 29 de dezembro de 2012
REINHARD BONNKE - AVIVAMENTO NA ÁFRICA 01 DE 04
REINHARD BONKE É UM PREGADOR DO EVANGELHO QUE JA GANHOU 50 MILHÕES DE DE ALMAS PARA JESUS SÓ NA ÁFRICA.
PLANTADORES DE IGREJAS - MISSAO AFRICA PIEIA - PASTOR ITAMAR FERNANDES
Em 1973 o Pr. Itamar Fernandes tinha 10 anos de idade quando numa noite ele sonhou que estava em um lugar muito pobre. Haviam casinhas de cobertura de capim e com paredes de barro. Neste lugar moravam pessoas de cor negra, e neste sonho o Pr. Entendia que também morava ali. Porém o Pr. Itamar não sabia que este lugar era a África.
Os anos se passaram, e em 1997 ele foi enviado pela IEADFS-BA (Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Feira de Santana Bahia) para a África e foram morar na aldeia de Inhaminga. Ali começou a sua tragetória com PLANTADOR DE IGREJAS. Em 1998 fundou a Missão África PIEIA (www.missaoafricapieia.blogspot.com) e permanece no campo missionário por mais de um década.
Os anos se passaram, e em 1997 ele foi enviado pela IEADFS-BA (Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Feira de Santana Bahia) para a África e foram morar na aldeia de Inhaminga. Ali começou a sua tragetória com PLANTADOR DE IGREJAS. Em 1998 fundou a Missão África PIEIA (www.missaoafricapieia.blogspot.com) e permanece no campo missionário por mais de um década.
Missão África: projetos de esporte e saúde, voltados a crianças carentes
A Missão África possui um projeto voltado ao esporte e educação de
crianças africanas, que vivem em locais de vulnerabilidade social.
Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel
Através das atividades, mensagens cristãs são levadas às crianças, que também recebem capacitação escolar e esportiva.
Conversamos com o responsável pelo projeto, pastor Carlos Santos, que detalhou as atividades da missão e as necessidades do projeto. Confira na entrevista abaixo:
Quais as áreas de atuação e público alvo do projeto?
As áreas de atuação são: esporte e na saúde, público-alvo crianças pobres e aquelas que não conhecem Jesus.
Qual o tempo de atuação do projeto? Poderia contar um pouco da história, como surgiu, quem idealizou?
Creio que começou há alguns anos… Seis anos atrás, onde eu na época fui aconselhado pela minha esposa a trabalhar com esporte porque fui atleta profissional no Brasil e nos Estados Unidos, e vendo a necessidade no local de falta de professores e mesmo de profissionais, comecei com o vôlei, e hoje temos o futebol e até mesmo estamos vendo a possibilidade de um centro de esporte.
O tempo deste projeto é de seis anos, onde estamos formando e qualificando alguns atletas para quem sabe, jogar em alto nível no futuro.
Quais os parceiros que o projeto possui?
Até aqui então estamos dependendo de Deus e do corpo de Cristo para apoiar-nos.
Poderia contar um ou mais testemunhos de pessoas que foram beneficiadas pelo projeto?
Bom, acabamos de sair da fase de elaboração e de preparação, por causa de falta de estrutura e recursos financeiros, mas já temos alguns atletas que estão jogando na capital e até mesmo representando a região.
Quais as formas de contribuição e necessidades do projeto?
Através do site missaoafrica.in é possível conhecer os meios de contribuição e a ONG Instituto Igualdade, responsável pelo projeto no Brasil na Africa.
Gostaria de deixar uma mensagem para os leitores?
Sim. Peço a todos que se mantenham firmes no Senhor, e jamais negociem sua Salvação em troca de benefícios, e façam o simples no Senhor para chegarem ao grande, não vendendo a benção em troca de alguma coisa.
Atenciosamente, pastor Carlos Santos
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br
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Através das atividades, mensagens cristãs são levadas às crianças, que também recebem capacitação escolar e esportiva.
Conversamos com o responsável pelo projeto, pastor Carlos Santos, que detalhou as atividades da missão e as necessidades do projeto. Confira na entrevista abaixo:
Quais as áreas de atuação e público alvo do projeto?
As áreas de atuação são: esporte e na saúde, público-alvo crianças pobres e aquelas que não conhecem Jesus.
Qual o tempo de atuação do projeto? Poderia contar um pouco da história, como surgiu, quem idealizou?
Creio que começou há alguns anos… Seis anos atrás, onde eu na época fui aconselhado pela minha esposa a trabalhar com esporte porque fui atleta profissional no Brasil e nos Estados Unidos, e vendo a necessidade no local de falta de professores e mesmo de profissionais, comecei com o vôlei, e hoje temos o futebol e até mesmo estamos vendo a possibilidade de um centro de esporte.
O tempo deste projeto é de seis anos, onde estamos formando e qualificando alguns atletas para quem sabe, jogar em alto nível no futuro.
Quais os parceiros que o projeto possui?
Até aqui então estamos dependendo de Deus e do corpo de Cristo para apoiar-nos.
Poderia contar um ou mais testemunhos de pessoas que foram beneficiadas pelo projeto?
Bom, acabamos de sair da fase de elaboração e de preparação, por causa de falta de estrutura e recursos financeiros, mas já temos alguns atletas que estão jogando na capital e até mesmo representando a região.
Quais as formas de contribuição e necessidades do projeto?
Através do site missaoafrica.in é possível conhecer os meios de contribuição e a ONG Instituto Igualdade, responsável pelo projeto no Brasil na Africa.
Gostaria de deixar uma mensagem para os leitores?
Sim. Peço a todos que se mantenham firmes no Senhor, e jamais negociem sua Salvação em troca de benefícios, e façam o simples no Senhor para chegarem ao grande, não vendendo a benção em troca de alguma coisa.
Atenciosamente, pastor Carlos Santos
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Vá, pregue e morra! - Paul Washer
Washer diz que há uma necessidade tremenda, e “Deus conseguirá sem você, mas isso seria uma perda”. “Que tamanha perda de alegria”, diz ele convidando os Cristãos para uma vida de verdadeiro sacrifício.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
MARTIRES CRISTÃOS - QUÊNIA: Pastor é morto 04/12/2012
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Na manhã de
domingo, extremistas muçulmanos atiraram uma granada no telhado da Igreja
Interdenominacional Utawala, matando um capelão da polícia e ferindo pelo menos
11 pessoas. A igreja, que está localizado dentro de um complexo policial em
Garissa, atende policiais que estão em serviço no complexo, bem como suas
famílias.
O ataque aconteceu
no dia 04 de novembro. Testemunhas disseram que a granada foi jogada por volta
de 10 horas e caiu no telhado da igreja. Quem fazia o sermão daquela manhã era
o capelão da polícia Julius Mukonzi. Ele estava em cima do púlpito quando a
granada explodiu sobre sua cabeça. Fontes disseram ter ouvido tiros logo após o
ataque.
Pelo menos 11 dos
cerca de 40 fiéis que estavam no culto ficaram feridos. Eles foram levados para
o Hospital Geral Provincial Garissa. Três precisaram de atendimento emergencial
e foram levados de helicóptero para Nairóbi para tratamento especializado. A
maioria dos feridos eram policiais.
Quando outros
pastores souberam do ataque, terminaram seus cultos mais cedo com medo de
também serem atacados. Líderes de igrejas locais pediram um inquérito sobre o
recente aumento da violência contra cristãos.
Embora nenhum grupo
tenha reivindicado a responsabilidade pelo ataque, as autoridades acreditam que
foi realizado pelo grupo extremista muçulmano Al-Shabab. A polícia iniciou uma
grande operação de segurança após o ocorrido.
A Al-Shabab
realizou vários ataques semelhantes desde o ano passado, incluindo um ataque
com granadas a uma igreja de Nairobi, em setembro, que matou um menino de 9
anos de idade, e um ataque em Garissa em 1 de julho, que matou 18 pessoas.
A igreja de Cristo
no Quênia está precisando de nossas orações. Oremos pela família do pastor para
que o sustento não lhes falte e para que seus corações sejam consolados pelo
Espírito Santo. Oremos também pelos feridos para que se recuperem e estejam
prontos para o serviço do Senhor.
Fonte: A VOZ DOS MARTIRES
MARTIRES CRISTÃOS - Vítimas do Islã radical – Os mártires modernos do cristianismo
A ascensão do extremismo islâmico
coloca uma pressão cada vez maior sobre os cristãos que vivem em países
muçulmanos, que são vítimas de assassinatos, violência e discriminação. Os
cristãos agora são considerados o grupo religioso mais perseguido em todo o
mundo. Paradoxalmente, sua maior esperança vem do Islã politicamente moderado.
Kevin Ang é mais cauteloso hoje em dia.
Ele espia ao redor, dá uma olhada para a esquerda para a longa fileira de
lojas, e depois para a direita em direção à praça, para checar se não há
ninguém por perto. Só então o zelador da igreja tira sua chave, destranca o
portão, e entra na Igreja Metro Tabernacle num subúrbio de Kuala Lumpur.
A
corrente de ar vira páginas queimadas da Bíblia. As paredes estão cobertas de
fuligem e a igreja cheira a plástico queimado. A Igreja Metro Tabernacle foi a
primeira de onze igrejas a serem incendiadas por muçulmanos revoltados – tudo
por causa de uma palavra: “Alá”, sussurra Kevin Ang.
Tudo começou com uma questão – se os cristãos daqui, assim como os
muçulmanos, poderiam chamar seu deus de “Alá”, uma vez que eles não têm nenhuma
outra palavra ou língua à sua disposição. Os muçulmanos alegam que Alá é deles,
tanto a palavra quanto o deus, e temem que se os cristãos puderem usar a mesma
palavra para seu próprio deus, isso poderia desencaminhar os fiéis muçulmanos.
Durante três anos isto era proibido e o governo confiscou Bíblias
que mencionavam “Alá”. Então, em 31 de dezembro do ano passado, o mais alto
tribunal da Malásia chegou a uma decisão: o deus cristão também poderia ser
chamado de Alá.
Os imãs protestaram e cidadãos enfurecidos jogaram coquetéis
Molotov nas igrejas. Então, como se isso não bastasse, o primeiro-ministro
Najib Razak declarou que não podia impedir as pessoas de protestarem contra
determinados assuntos no país – e alguns interpretaram isso como um convite
para a ação violenta. Primeiro as igrejas foram incendiadas, depois o outro
lado revidou colocando cabeças de porcos na frente de duas mesquitas. Entre os
habitantes da Malásia, 60% são muçulmanos e 9% são cristãos, com o restante
composto por hindus, budistas e sikhs. Eles conseguiram viver bem juntos, até
agora.
É um batalha por causa de uma única palavra, mas há muito mais
envolvido. O conflito tem a ver com a questão de quais direitos a minoria
cristã da Malásia deve ter. Mais que isso, é uma questão política. A Organização
Nacional dos Malaios Unidos, no poder, está perdendo sua base de apoio para os
islamitas linha dura – e quer reconquistá-la por meio de políticas religiosas.
Essas
políticas estão sendo bem recebidas. Alguns dos Estados da Malásia interpretam
a Sharia, o sistema islâmico de lei e ordem, de forma particularmente rígida. O
país, que já foi liberal, está a caminho de abrir mão da liberdade religiosa –
e o conceito de ordem está sendo definido de forma cada vez mais rígida. Se uma
mulher muçulmana beber cerveja, ela pode ser punida com seis chibatadas.
Algumas regiões também proíbem coisas como batons chamativos, maquiagem pesada,
ou sapatos de salto alto.
Expulsos, sequestrados e mortos
Não só na Malásia, mas em muitos países em todo o mundo muçulmano, a religião ganhou influência sobre a política governamental nas últimas duas décadas. O grupo militante islâmico Hamas controla a Faixa de Gaza, enquanto milícias islamitas lutam contra os governos da Nigéria e Filipinas. Somália, Afeganistão, Paquistão e Iêmen caíram, em grande extensão, nas mãos dos islamitas. E onde os islamitas não estão no poder hoje, os partidos seculares no governo tentam ultrapassar os grupos mais religiosos assumindo uma tendência de direita.
Não só na Malásia, mas em muitos países em todo o mundo muçulmano, a religião ganhou influência sobre a política governamental nas últimas duas décadas. O grupo militante islâmico Hamas controla a Faixa de Gaza, enquanto milícias islamitas lutam contra os governos da Nigéria e Filipinas. Somália, Afeganistão, Paquistão e Iêmen caíram, em grande extensão, nas mãos dos islamitas. E onde os islamitas não estão no poder hoje, os partidos seculares no governo tentam ultrapassar os grupos mais religiosos assumindo uma tendência de direita.
Isso pode ser visto de certa forma no Egito, Argélia, Sudão,
Indonésia, e também na Malásia. Embora a islamização frequentemente tenha mais
a ver com política do que com religião, e embora não leve necessariamente à
perseguição de cristãos, pode-se dizer ainda assim que, onde quer que o Islã
ganhe importância, a liberdade para membros de outras crenças diminui.
Há 2,2 bilhões de cristãos em todo o mundo. A organização
não-governamental Open Doors calcula que 100 milhões de cristãos são ameaçados
ou perseguidos. Eles não têm permissão para construir igrejas, comprar Bíblias
ou conseguir empregos. Esta é a forma menos ofensiva de discriminação e afeta a
maioria desses 100 mil cristãos. A versão mais bruta inclui extorsão, roubo, expulsão,
sequestro e até assassinato.
Margot Kässmann, que é bispo e foi chefe da Igreja Protestante na
Alemanha antes de deixar o cargo em 24 de fevereiro, acredita que os cristãos
são “o grupo religioso mais perseguido globalmente”. As 22 igrejas regionais
alemãs proclamaram este domingo como o primeiro dia de homenagem aos cristãos
perseguidos. Kässmann disse que queria mostrar solidariedade para com outros
cristãos que “têm grande dificuldade de viver de acordo com sua crença em
países como a Indonésia, Índia, Iraque ou Turquia”.
Há exemplos contrários, é claro. No Líbano e na Síria, os cristãos
não são discriminados, e, na verdade, desempenham um papel importante na
política e na sociedade. Além disso, a perseguição contra os cristãos não é de
forma alguma um domínio exclusivo dos fanáticos muçulmanos – os cristãos também
são presos, agredidos e assassinados em países como o Laos, Vietnã, China e
Eritreia.
“Lento genocídio” contra os cristãos
A Open Doors edita um “índice de perseguição” global. A Coreia do Norte, onde dezenas de milhares de cristãos estão presos em campos de trabalho forçado, esteve no topo da lista por muitos anos. Ela é seguida pelo Irã, Arábia Saudita, Somália, Maldivas e Afeganistão. Entre os dez primeiros países da lista, oito são islâmicos, e quase todos têm o Islã como sua religião oficial.
A Open Doors edita um “índice de perseguição” global. A Coreia do Norte, onde dezenas de milhares de cristãos estão presos em campos de trabalho forçado, esteve no topo da lista por muitos anos. Ela é seguida pelo Irã, Arábia Saudita, Somália, Maldivas e Afeganistão. Entre os dez primeiros países da lista, oito são islâmicos, e quase todos têm o Islã como sua religião oficial.
A
perseguição sistemática de cristãos no século 20 – por comunistas na União
Soviética e na China, mas também pelos nazistas – custou muito mais vidas do
que qualquer outra coisa que tenha acontecido até o momento no século 21.
Agora, entretanto, não são apenas os regimes totalitários que perseguem os
cristãos, mas também moradores de Estados islâmicos, fundamentalistas
fanáticos, e seitas religiosas – e com frequência simples cidadãos considerados
fiéis.
Foi-se a era da tolerância, em que os cristãos, chamados de “Povo
do Livro”, desfrutavam de um alto grau de liberdade religiosa sob a proteção de
sultões muçulmanos, enquanto a Europa medieval bania judeus e muçulmanos do
continente ou até mesmo os queimava vivos. Também se foi o apogeu do
secularismo árabe pós 2ª Guerra Mundial, quando árabes cristãos avançaram nas
hierarquias políticas.
À medida que o Islã político ficou mais forte, a agressão por
parte de devotos deixou de se concentrar apenas nos regimes políticos corruptos
locais, mas também e cada vez mais contra a influência ostensivamente corrupta
dos cristãos ocidentais, motivo pelo qual as minorias cristãs foram
consideradas responsáveis. Uma nova tendência começou, desta vez com os cristãos
como vítimas.
No Iraque, por exemplo, grupos terroristas sunitas perseguem
especialmente pessoas de outras religiões. O último censo do Iraque em 1987
mostrou que havia 1,4 milhão de cristãos vivendo no país. No começo da invasão
norte-americana em 2003, eles eram 550 mil, e atualmente o número está está
pouco abaixo dos 400 mil. Os especialistas falam num “lento genocídio”.
“As pessoas estão morrendo de medo”
A situação na região da cidade de Mosul, no norte do Iraque, é especialmente dramática. A cidade de Alqosh fica no alto das montanhas sobre Mosul, a segunda maior cidade iraquiana. Bassam Bashir, 41, pode ver sua antiga cidade natal quando olha pela janela. Mosul fica a apenas 40 quilômetros dali, mas é inacessível. A cidade é mais perigosa que Bagdá, especialmente para homens como Bassam Bashir, um católico caldeu, professor e fugitivo dentro de seu próprio país.
A situação na região da cidade de Mosul, no norte do Iraque, é especialmente dramática. A cidade de Alqosh fica no alto das montanhas sobre Mosul, a segunda maior cidade iraquiana. Bassam Bashir, 41, pode ver sua antiga cidade natal quando olha pela janela. Mosul fica a apenas 40 quilômetros dali, mas é inacessível. A cidade é mais perigosa que Bagdá, especialmente para homens como Bassam Bashir, um católico caldeu, professor e fugitivo dentro de seu próprio país.
Desde o dia em que a milícia sequestrou seu pai de sua loja, em
agosto de 2008, Bashir passou a temer por sua vida e pela vida de sua família.
A polícia encontrou o corpo de seu pai dois dias depois no bairro de Sinaa, no
rio Tigre, perfurado por balas. Não houve nenhum pedido de resgate. O pai de
Bashir morreu pelo simples motivo de ser cristão.
E ninguém afirma ter visto nada. “É claro que alguém viu alguma
coisa”, diz Bashir. “Mas as pessoas em Mosul estão morrendo de medo.”
Uma semana depois, integrantes da milícia cortaram a garganta do
irmão de Bashir, Tarik, como num sacrifício de ovelhas. “Eu mesmo enterrei meu
irmão”, explica Bashir. Junto com sua mulher Nafa e suas duas filhas, ele fugiu
para Alqosh no mesmo dia. A cidade está está cercada por vinhedos e uma milícia
cristã armada vigia a entrada.
Aprovação tácita do Estado
Os familiares de Bashir não foram os únicos a se mudar para Alqosh à medida que a série de assassinatos continuou em Mosul. Dezesseis cristãos foram mortos na semana seguinte, e bombas explodiram em frente às igrejas. Homens que passavam de carro gritaram para os cristãos que eles podiam escolher – ou saíam de Mosul ou se convertiam ao Islã. Das 1.500 famílias cristãs da cidade, apenas 50 ficaram. Bassam Bashir diz que não voltará antes de lamentar a morte de seu pai e seu irmão em paz. Outros que perderam totalmente a esperança fugiram para países vizinhos como a Jordânia e muitos mais foram para a Síria.
Os familiares de Bashir não foram os únicos a se mudar para Alqosh à medida que a série de assassinatos continuou em Mosul. Dezesseis cristãos foram mortos na semana seguinte, e bombas explodiram em frente às igrejas. Homens que passavam de carro gritaram para os cristãos que eles podiam escolher – ou saíam de Mosul ou se convertiam ao Islã. Das 1.500 famílias cristãs da cidade, apenas 50 ficaram. Bassam Bashir diz que não voltará antes de lamentar a morte de seu pai e seu irmão em paz. Outros que perderam totalmente a esperança fugiram para países vizinhos como a Jordânia e muitos mais foram para a Síria.
Em muitos países islâmicos, os cristãos são perseguidos menos
brutalmente do que no Iraque, mas não menos efetivamente. Em muitos casos, a
perseguição têm a aprovação tácita do governo. Na Argélia, por exemplo, ela tomou
a forma de notícias de jornal sobre um padre que tentou converter muçulmanos ou
insultou o profeta Maomé – e que divulgaram o endereço do padre, numa clara
convocação para a população fazer justiça com as próprias mãos. Ou um canal de
televisão pública pode veicular programas com títulos como “Nas Garras da
Ignorância”, que descreve os cristãos como satanistas que convertem muçulmanos
com o auxílio de drogas. Isso aconteceu no Uzbequistão, que está no décimo
lugar do “índice de perseguição” da Open Doors.
A blasfêmia também é outra justificativa frequentemente usada.
Insultar os valores fundamentais do Islã é uma ofensa passível de punição em
muitos países islâmicos. A justificativa é com frequência usada contra a
oposição, quer sejam jornalistas, dissidentes ou cristãos. Imran Masih, por
exemplo, cristão dono de uma loja em Faisalabad, no Paquistão, foi condenado à
prisão perpétua em 11 de janeiro, de acordo com as seções 195A e B do código
penal do Paquistão, que tratam do crime de ofender sentimentos religiosos ao
dessacralizar o Alcorão. Um outro dono de loja o acusou de queimar páginas do
Alcorão. Masih diz que ele queimou apenas documentos antigos da loja.
É um caso típico para o Paquistão, onde
a lei contra a blasfêmia parece convidar ao abuso – é uma forma fácil para
qualquer um se livrar de um inimigo. No ano passado, 125 cristãos foram
acusados de blasfêmia no Paquistão. Dezenas dos que já foram sentenciados estão
agora esperando sua execução.
“Não nos sentimos seguros aqui”
A perseguição tolerada pelo governo acontece até mesmo na Turquia, o país mais secular e moderno do mundo muçulmano, onde cerca de 110 mil cristãos representam menos de um quarto de 1% da população – mas são discriminados assim mesmo. A perseguição não é tão aberta ou brutal quanto no vizinho Iraque, mas as consequências são semelhantes. Os cristãos na Turquia, que estavam bem acima dos 2 milhões no século 19, estão lutando para continuar a existir.
A perseguição tolerada pelo governo acontece até mesmo na Turquia, o país mais secular e moderno do mundo muçulmano, onde cerca de 110 mil cristãos representam menos de um quarto de 1% da população – mas são discriminados assim mesmo. A perseguição não é tão aberta ou brutal quanto no vizinho Iraque, mas as consequências são semelhantes. Os cristãos na Turquia, que estavam bem acima dos 2 milhões no século 19, estão lutando para continuar a existir.
É o que acontece no sudeste do país, por exemplo, em Tur Abdin,
cujo nome significa “montanha dos servos de Deus”. É uma região montanhosa
cheia de campos, picos e vários mosteiros de séculos de existência. O local
abriga os assírios sírios ortodoxos, ou arameus, como denominam a si mesmos,
membros de um dos grupos cristãos mais antigos do mundo. De acordo com a lenda,
foram os três reis magos que levaram o sistema de crenças cristão de Belém para
lá. Os habitantes de Tur Abdin ainda falam aramaico, a língua usada por Jesus
de Nazaré.
O mundo sabe bem mais sobre o genocídio cometido contra os
armênios pelas tropas otomanas em 1915 e 1916, mas dezenas de milhares de
assírios também foram assassinados durante a 1ª Guerra Mundial. Estima-se que
cerca de 500 mil assírios viviam em Tur Abdin no começo do século 20. Hoje há
apenas 3 mil. Um tribunal distrital turco ameaçou, no ano passado, tomar posse
do centro espiritual assírio, o mosteiro Mor Gabriel de 1.600 anos de idade,
porque acreditava-se que os monges haviam adquirido terras de forma ilegal.
Três vilarejos muçulmanos vizinhos reclamaram que sentiam-se discriminados por
causa do mosteiro, que abriga quatro monges, 14 freiras e 40 estudantes atrás
de seus muros.
“Mesmo que não queira admitir, a Turquia tem um problema com
pessoas de outras religiões”, diz Ishok Demir, um jovem suíço de ascendência
aramaica, que vive com seus pais perto de Mor Gabriel. “Nós não nos sentimos
seguros aqui.”
Mais que qualquer coisa, isso tem a ver com o lugar permanente que
os armênios, assírios, gregos, católicos e protestantes têm nas teorias de
conspiração nacionalistas do país. Esses grupos sempre foram vistos como
traidores, descrentes, espiões e pessoas que insultam a nação turca. De acordo
com uma pesquisa feita pelo Centro de Pesquisa Pew, sediado nos EUA, 46% dos
turcos veem o cristianismo como uma religião violenta. Num estudo turco mais
recente, 42% dos entrevistados disseram que não aceitariam cristãos como
vizinhos.
Os repetidos assassinatos de cristãos, portanto, não são uma
surpresa. Em 2006, por exemplo, um padre católico foi assassinado em Trabzon,
na costa do Mar Negro. Em 2007, três missionários cristãos foram assassinados
em Malatya, uma cidade no leste da Turquia. Os responsáveis pelo crime eram
nacionalistas radicais, cuja ideologia era uma mistura de patriotismo
exagerado, racismo e Islã.
Convertidos correm grande risco
Os muçulmanos que se converteram ao cristianismo, entretanto, enfrentam um perigo ainda maior do que os próprios cristãos tradicionais. A apostasia, ou a renúncia ao Islã, é castigada com a morte de acordo com a lei islâmica – e a pena de morte ainda se aplica no Irã, Iêmen, Afeganistão, Somália, Mauritânia, Paquistão, Qatar e Arábia Saudita.
Os muçulmanos que se converteram ao cristianismo, entretanto, enfrentam um perigo ainda maior do que os próprios cristãos tradicionais. A apostasia, ou a renúncia ao Islã, é castigada com a morte de acordo com a lei islâmica – e a pena de morte ainda se aplica no Irã, Iêmen, Afeganistão, Somália, Mauritânia, Paquistão, Qatar e Arábia Saudita.
Até no Egito, um país secular, os convertidos atraem a cólera do
governo. O ministro da religião defendeu a legalidade da pena de morte para os
convertidos – embora o Egito não tenha uma lei como esta – com o argumento de
que a renúncia ao Islã é alta traição. Esses sentimentos fizeram com que
Mohammed Hegazy, 27, convertido para a Igreja Cóptica Ortodoxa, passasse a se
esconder há dois anos. Ele foi o primeiro convertido no Egito a tentar fazer
com que sua religião nova aparecesse oficialmente em sua carteira de identidade
expedida pelo governo. Quando seu pedido foi recusado, ele tornou o caso
público. Inúmeros clérigos pediram a sua morte em resposta.
Os cópticos são a maior comunidade cristã do mundo árabe, e cerca
de 8 milhões de egípcios pertencem à Igreja Cóptica. Eles são proibidos de
ocupar altas posições no governo, no serviço diplomático e militar, assim como
de desfrutar de vários benefícios estatais. As universidades têm cotas para
alunos cópticos consideradas menores do que a porcentagem que eles representam
na população.
Não é permitido construir novas igrejas, e as antigas estão caindo
aos pedaços por causa da falta de dinheiro e de permissão para reforma. Quando
as meninas são sequestradas e convertidas à força, a polícia não intervém.
Milhares de porcos também foram mortos sob o pretexto de combater a gripe
suína. Naturalmente, todos os porcos pertenciam a cristãos.
O vírus cristão
Seis cópticos foram massacrados em 6 de janeiro – quando os cópticos celebram a noite de Natal – em Nag Hammadi, uma pequena cidade 80 quilômetros ao norte do Vale dos Reis. Previsivelmente, o porta-voz da Assembleia do Povo, a câmara baixa do parlamento egípcio, chamou isso de “um ato criminoso isolado”. Quando acrescentou que os responsáveis queriam se vingar do estupro de uma jovem muçulmana por parte um cóptico, isso quase pareceu uma desculpa. O governo parece pronto a reconhecer o crime no Egito, mas não por tensão religiosa. Sempre que conflitos entre grupos religiosos acontecem, o governo encontra causas seculares por trás deles, como disputas por terras, vingança por algum crime ou disputas pessoais.
Seis cópticos foram massacrados em 6 de janeiro – quando os cópticos celebram a noite de Natal – em Nag Hammadi, uma pequena cidade 80 quilômetros ao norte do Vale dos Reis. Previsivelmente, o porta-voz da Assembleia do Povo, a câmara baixa do parlamento egípcio, chamou isso de “um ato criminoso isolado”. Quando acrescentou que os responsáveis queriam se vingar do estupro de uma jovem muçulmana por parte um cóptico, isso quase pareceu uma desculpa. O governo parece pronto a reconhecer o crime no Egito, mas não por tensão religiosa. Sempre que conflitos entre grupos religiosos acontecem, o governo encontra causas seculares por trás deles, como disputas por terras, vingança por algum crime ou disputas pessoais.
Nag Hammadi, com 30 mil moradores, é uma poeirenta cidade
comercial no Nilo. Mesmo antes dos assassinatos, era um lugar onde os cristãos
e os muçulmanos desconfiavam uns dos outros. Os dois grupos trabalham juntos e
moram próximos, mas vivem, casam-se e morrem separadamente. A superstição é
generalizada e os muçulmanos, por exemplo, temem pegar o “vírus cristão” ao
comer junto com um cóptico. Não surpreende que esses assassinatos tenham
acontecido em Nag Hammadi, nem que depois deles tenham se seguido os piores
atos de violência religiosa em anos. Lojas cristãs e casas muçulmanas foram
incendiadas, e 28 cristãos e 14 muçulmanos foram presos.
Nag Hammadi agora está cercada, com seguranças armados em
uniformes negros guardando as estradas para entrar e sair da cidade. Eles
certificam-se de que nenhum morador deixe a cidade e nenhum jornalista entre
nela.
Três suspeitos foram presos desde então. Todos eles têm fichas criminais.
Um admitiu o crime, mas depois negou, dizendo que havia sido coagido pelo
serviço de inteligência. O governo parece querer que o assunto desapareça o
mais rápido possível. Os supostos assassinos provavelmente serão libertados
assim que o furor passar.
Mais direitos para os cristãos?
Mas também há pequenos indícios de que a situação de cristãos acuados em países islâmicos possa melhorar – dependendo do tanto que recuarem o nacionalismo e a radicalização do Islã político.
Mas também há pequenos indícios de que a situação de cristãos acuados em países islâmicos possa melhorar – dependendo do tanto que recuarem o nacionalismo e a radicalização do Islã político.
Uma das contradições do mundo islâmico é que a maior esperança
para os cristãos parece surgir exatamente do campo do Islã político. Na
Turquia, foi Recep Tayyip Erdogan, um ex-islamita e agora primeiro-ministro do
país, que prometeu mais direitos aos poucos cristãos remanescentes no país. Ele
aponta para a história do Império Otomano, no qual os cristãos e judeus tiveram
de pagar um imposto especial por muito tempo, mas em troca, tinham a garantia
de liberdade de religião e viviam como cidadãos respeitados.
Uma atitude mais relaxada em relação as minorias certamente
representaria um progresso para a Turquia.
Tradução: Eloise De Vylder
Fonte: UOL e DER SPIEGEL
Fonte: UOL e DER SPIEGEL
Fonte: A VOZ DOS MARTIRES
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