quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Preso líder do Boko Haram, grupo responsável por crimes contra cristãos na Nigéria


O exército nigeriano anunciou recentemente a prisão de Zangina Mohammed, o comandante do grupo radical islâmico Boko Haram. O líder miliciano é apontado como mentor e mandante dos ataques que vitimaram milhares de cristãos na Nigéria desde 2010.
O tenente-coronel Sagir Musa, porta-voz da Força Militar Conjunta, informou que a captura ocorreu à meia-noite do domingo, 13 de janeiro 2013, na cidade de Maiduguri no estado de Borno, segundo informações do Noticias Christianas. De acordo com Musa, Zangina Mohammed estava em Maiduguri “para planejar vários ataques mortais contra civis e pessoal de segurança”.
Zangina, é membro do Conselho Shura, órgão que rege o movimento, que tem coordenado “a maioria dos ataques suicidas e atentados” em várias cidades, incluindo a capital, Abuja, explicou o tenente-coronel.
De acordo com as autoridades locais, o líder do Boko Haram está agora passando por interrogatório por suas atividades, em um local que não foi divulgado. As autoridades nigerianas esperam que a prisão deste “líder” venha reduzir os ataques aos cristãos no país.
Por Dan Martins, para o Gospel+

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Perseguição X liberdade religiosa

Duas fontes atuais nos ajudam a definir o que é a perseguição – As Convenções da ONU (Organização das Nações Unidas), e a própria Bíblia Sagrada.
De acordo com o Artigo 18 da Declaração Universal de Direitos Humanos, de 1948: “Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular”.
O Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, de 1966, expandiu esse Artigo:
1. Toda pessoa terá direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Esse direito implicará a liberdade de ter ou adotar uma religião ou crença de sua escolha e a liberdade de professar sua religião ou crença, individual ou coletivamente, tanto pública como privadamente, por meio do culto, da celebração de ritos, de práticas e do ensino.
2. Ninguém poderá ser submetido a medidas coercitivas que possam restringir sua liberdade de ter ou de adotar uma religião ou crença de sua escolha.
3. A liberdade de manifestar a própria religião ou crença estará sujeita apenas às limitações previstas em lei e que se façam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral públicas ou os direitos e as liberdades das demais pessoas.
4. Os estados-partes no presente Pacto comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais - e, quando for o caso, dos tutores legais - de assegurar aos filhos a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.
Pode-se dizer então, que o individuo é perseguido se for privado de qualquer dos elementos fundamentais da liberdade religiosa.
Segundo o fundador da Portas Abertas, Irmão André, “perseguição não se refere a casos individuais, mas sim, quando um sistema, político ou religioso, tira a liberdade de um cristão ou o acesso à Bíblia, restringe ou proíbe o evangelismo de jovens e crianças, atividades da igreja e de missões.
Para o Irmão André, não é legítimo usar o termo perseguição para descrever uma tragédia individual que ocorre numa sociedade que concede liberdade religiosa. É um termo que deve ser reservado para comunidades inteiras que enfrentam campanhas organizadas de repressão e discriminação, como ocorreu no estado de Orissa, na Índia, em 2008.
Perseguição segundo a Bíblia
Além do apóstolo Paulo, os cristãos do Novo Testamento enfrentaram cinco fontes de perseguição:

Governantes (Atos 12.2)
Sacerdotes (Mateus 26.3,4; Atos 2.36; João 18.31; Atos 7.54-59)
Mercadores (Atos 16 e 19)
Agitadores (Atos 17)
Família (Mateus 10.35,36)
Enfim, a Bíblia afirma: “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3.12).
Para grande parte dos cidadãos do mundo ocidental, cristãos ou não, o tema “perseguição religiosa” pode soar estranho. Uma das explicações talvez seja o fato de que a maioria dos países deste lado do globo vive em plena democracia e por isso, em geral, as pessoas estão acostumadas a ter seus direitos garantidos por lei. No entanto, essa ideia de que a liberdade e o acesso a direitos fundamentais estão consolidados para a maior parte da população mundial neste século 21 tem se mostrado uma ilusão.
Os países que apresentam elevados índices de restrições à religião não são maioria – 64, no total –, porém abrigam a maior parte da população mundial.
Países como China, Índia, Irã, Iraque, Afeganistão, entre outros, costumam ocupar as manchetes por diferentes motivos, mas raramente são vinculados pela mídia secular à perseguição, muitas vezes implacável, que impõem aos adeptos da fé cristã. Admitir e conhecer a realidade da perseguição é o primeiro passo para que a Igreja se posicione ao lado daqueles membros do Corpo que sofrem por seguir a Cristo e para que passe a agir em favor deles.
Se quiser saber mais detalhes sobre a perseguição nos dias de hoje, leia o livro A fé que persevera – Guia essencial sobre a perseguição à Igreja, de Ronald Boyd-MacMillan, publicado pela Portas Abertas.
No livro, Ronald Boyd-MacMillan afirma: “[Há] dois elementos centrais que nos levam além do Artigo 18. Primeiro, nas palavras de um pregador palestino ‘Isso não diz respeito a nós’. A perseguição diz respeito a Cristo, e a trindade do mal (carne, mundo e diabo) está tentando chegar até Cristo por meio de nós. Não somos nós, estritamente falando, o objeto da perseguição. Nós somos as vítimas dela. Segundo, a perseguição é universal. Essa trindade do mal está perseguindo Cristo, o nosso novo Senhor, estejamos definhando num campo de trabalhos forçados ou deitados no convés de um iate. Bastante simples: se levamos conosco a nossa nova identidade de Cristo, seremos perseguidos”.



Cristãos brasileiros são presos no Senegal

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Silva e Zeneide estão presos há dois meses, acusados de aliciar menores para o tráfico. Mantidos por organizações cristãs do Brasil, os missionários eram responsáveis por um projeto social voltado aos jovens de rua. Seu “crime” foi converter crianças ao cristianismo

Há alguns anos, os cristãos José Dilson Alves da Silva e Zeneide Moreira fizeram as malas e mudaram-se para o Senegal, país localizado na costa atlântica da África, e que faz fronteira com o Mali, 7º colocado na Classificação de Países por Perseguição (WWL).

A rotina de ambos estava ligada, principalmente, ao trabalho que exerciam através do projeto social Obadias, segundo reportagem da revista Istoé , “financiado pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT), que dá abrigo, comida e ensino a 17 crianças e jovens de rua, muitos deles oriundos de escolas corânicas – os chamados talibês, estudantes islâmicos que são forçados por seus professores a mendigar nas ruas”.

No início de novembro, o pai de um dos meninos do abrigo dirigiu-se às autoridades e fez acusações contra José e Zeneide, alegando que seu filho havia se recusado a recitar uma oração muçulmana e estava exibindo comportamento cristão. O pai afirmou que os cristãos estava desrespeitando o Islã ao ensinar o cristianismo para as crianças. Outras acusações incluem sequestro e tráfico de menores. Os dois ficarão presos em Dakar, capital do Senegal, até que a investigação, que determinará o futuro do caso, seja concluída. Isso pode levar até seis meses.

No Senegal, 92% da população é declaradamente sunita, mas a liberdade religiosa está prevista na Constituição. Na prática, não foi bem isso o que aconteceu. Ainda de acordo com a matéria da Istoé, “meios de comunicação senegaleses reproduziram a acusação: ‘Pastor brasileiro convertia crianças ao cristianismo’, dizia o título de uma matéria publicada na primeira página do tabloide ‘Le Populaire’.”

Enquanto aguardam a decisão da Justiça, ambos vivem agora restringidos ao limite da cadeia; em celas diferentes, mas compartilhadas com 30 pessoas, sem janelas ou qualquer espaço. São autorizados a receber visitas rápidas de familiares e amigos somente duas vezes por semana, além de consultas regulares com dois médicos e um psicólogo. 

Um fator de forte preocupação, porém, é a saúde do pastor. Ele é diabético, está fraco, com um dente quebrado e uma inflamação no ouvido. Fontes informaram que, por conta disso, lhe foi permitido receber comida preparada por seus colegas de fora da prisão. Não somente Silva, mas Zeneide também. Ela, por sua vez, tem ensinado artesanato às demais prisioneiras e, quando possível, compartilhado com elas as refeições preparadas por missionários amigos.

Pedidos de oração
• Ore para que José e Zeneide não desanimem, mas sejam fortalecidos a usar o seu tempo na prisão para compartilhar o amor de Cristo.
• O Pr. José tem três filhos, apenas o mais novo permanece em casa. Peça a Deus para que os corações e mentes de todos os membros da família sejam cheios de paz e confiança até o dia da liberação do pai.

"Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo". João 16.33

PALESTINA: cristãos que apóiam judeus são discriminados


Funcionários da Autoridade Nacional Palestina (ANP) informaram que o pastor Naim Khoury que sua igreja, Igreja da Primeira Igreja Batista Belém, não tem autorizaçaõ para emitir documentos com legalidade diante do governo.

“Eles disseram que a nossa legitimidade como uma igreja a partir de um ponto de vista governamental não é aprovado”, disse o filho do pastor, Steven, que serve como pastor assistente na Primeira Igreja Batista. “Eles disseram que não reconhecerão qualquer documento legal de nossa igreja. Isso inclui certidões de nascimento, certidões de casamento e atestados de óbito.”

De acordo com Steven o anúncio do ANP vem logo após a conferência cristã Checkpoint. A conferência, que ocorreu de 05 a 09 de março, era uma reunião de cerca de 600 evangélicos de todo o mundo (principalmente dos Estados Unidos) para discutir a teologia do sionismo cristão, que alguns evangélicos acreditam aumentar a perspectiva de violência no Oriente Médio e dá apoio às políticas israelenses.

Existe um sentimento entre alguns cristãos da cidade de Belém que a animosidade contra cristãos aumentou na cidade ao longo dos últimos anos.

Steven disse que esta é a segunda vez que a igreja fica proibida de prestar serviços à comunidade por falta de aprovação do PA. Ele disse que outras igrejas em Belém, que não apóiam os judeus, não são incomodadas.”Acreditamos que é pessoas que não gostam do que estamos fazendo ea mensagem que nós oferecemos”, disse Steven.

A mensagem da Igreja de reconciliação vai em total contra-mão da propaganda que permeia a sociedade palestina.